sexta-feira, 9 de julho de 2010

Ministério Público Inspeciona Escolas no Costa e Silva

Dr.Osvaldo Trigueiro:Caso mais grave é na Escola Estadual Violeta Formiga

Qui, 08 de Julho de 2010 17:04 do Portal do Ministério Público

Mais três escolas públicas foram inspecionadas, na manhã desta quarta-feira (8), em João Pessoa pelo Programa de Fiscalização da Educação Básica, coordenado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB). Em todas elas, foram encontrados problemas de infraestrutura nos prédios e até falta de professores.

Na escola estadual Violeta Formiga (localizada no Costa e Silva), a equipe encontrou os mesmos problemas constatados em abril pelo Conselho Tutelar Sudeste: prédio infestado de cupins, quadra coberta com mato, entulhos e vazamentos. Embora tenha capacidade para atender até 500 alunos (nos três períodos), a escola possui apenas 70 estudantes matriculados no ensino fundamental, pois só funciona à tarde.

Foi constatado também que a unidade não possui ventiladores e que a cozinha ainda continua sem gás. O botijão foi roubado no início do ano. “A direção nos informou que a escola sofre com a ação de vândalos e com furtos. Os alunos continuam recebendo a merenda prática (suco e biscoito) porque não há gás para preparar a alimentação”, disse a promotora de Justiça da Educação Fabiana Lobo.

Já na escola municipal Duque de Caxias (também no Costa e Silva), a equipe flagrou os alunos recebendo apenas uma concha de sopa como merenda (por cada prato de sopa, o Município de João Pessoa paga R$ 1,25 à empresa SP Alimentação e Serviços Ltda.). Desde o início do ano, o problema vem sendo constatado em várias unidades. O MPPB já instaurou inquérito civil público para apurar a quantidade de merenda que está sendo servida nas escolas municipais.

A Duque de Caxias também possui outros problemas como a falta de pias nos banheiros feminino e masculino; a falta de monitores de informática e de professor de história. O Corpo de Bombeiros constatou que o teto da quadra possui um ferro que está preso apenas de um lado e que pode cair a qualquer momento. “Vamos notificar as secretarias de Educação do Município e do Estado para audiência e fazer as recomendações, dando prazos para que os problemas sejam resolvidos. A recomendação ministerial é um instrumento jurídico capaz de dar mais celeridade à resolução dos conflitos. É o primeiro passo da negociação e quando ela não é atendida, o Ministério Público passa para a via da ação judicial”, explicou a promotora de Justiça.

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